sábado, 29 de janeiro de 2011

futuro que não chega

Será que nos resta muito depois disto, destes dias assim? Tudo seria mais fácil se eu tivesse uma cerveja sempre na mão, um cigarro noutra , certezas sobre o amor e sobretudo certezas sobre você. Ah, e usasse gravatas sempre. Percebi que eu gosto muito de usar gravatas, de todas as cores. Às vezes uso, mas é diferente usar uma gravata no pescoço e usá-la na cabeça.



Queria usar gravata na cabeça.

Espero que entenda.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

me entende

Ela o amava. Ele a amava também. E ainda, que essa coisa, o amor, fosse complicada demais para compreender e detalhar nas maneiras tortuosas como acontece, naquele momento em que acontecia dentro do sonho, era simples. Boa, fácil, assim era. Ela gostava de estar com ele, ele gostava de estar com ela. Isso era tudo.


Caio Fernando Abreu

sábado, 8 de janeiro de 2011

morno

é a vontade que você me diga coisas bonitas outra vez.

3526

Preciso inventar minha vida. Tudo que não invento é refém da minha memória. E minha memória é um segredo sem cofre.

sobra

Há restos de mim em todas as pessoas que amei. Pensou.
Mentira.
Há muito mais de mim nelas. O que ficou, é que são restos. Desde pequeno aprendera a fazer dos trastes, brinquedo, do imprestável, sorrisos.
Esqueço os endereços dos lugares onde fui feliz. É minha forma de protegê-los.