Gosto de ter as pessoas junto de mim, fico feliz ao vê-las rindo. Não posso me furtar dessa responsabilidade. Mas depois, vem a ressaca da diversão alheia. Depois, me sinto roubado por mim mesmo e por todos.
Acabo que troco algumas boas risadas, por alguma ilusão de amor. É um misto de carência, da necessidade de ter, com a vontade de ser entendido e a esperança de que alguém realmente escute, quem sabe, uma só vez, é isso o que me força a exposição patética do que realmente sou eu, e que parece tão divertido aos olhos das pessoas.
Agora eu só quero sentar bem na frente da tv e não fazer nada, sozinho.
Não me torture com o seu chamado
Nada sou, e nada mais posso ouvir…
Nada sou, e nada mais posso ouvir…