segunda-feira, 30 de abril de 2012

aquela velha luta contra a irrelevância

De algum modo ele sabe que pode. De outro modo não pode o que sabe.  




Mas a ameaça continua sendo muito pior que o ato.
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"era bom, mas aí, aconteceu isso."













domingo, 11 de setembro de 2011

indo

Não pergunto, sigo, faço, ímpeto. Abro caminhos sem saber pra onde estou indo, porque minha sina está desamparada. Tudo é lazer, tudo é trabalho. Não escolhi uma vida com décimo terceiro. Então sei o peso de caminhar fantaseado de primeiro. Abro caminhos sem saber.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

caio, me explica

"Poderíamos casar, teríamos um apartamento, tomaríamos café as cinco da tarde, discordaríamos quanto a cor das cortinas, não arrumaríamos a cama diariamente, a geladeira seria repleta de congelados e coca-cola, o armário de porcarias, adiaríamos o despertador umas trinta vezes, sentaríamos na sala de pijama e pantufas, sairíamos pra jantar em dia de chuva e chegaríamos encharcados, nos beijaríamos no meio de alguma frase, você pegaria no sono com a mão no meu cabelo e eu, escutando sua respiração. Eu riria sem motivo e você perguntaria porque, eu não responderia, saberíamos."

Caio F

sexta-feira, 25 de março de 2011

todo amor

Eu decorei seu tato, sei o seu cheiro, interpretei seu cabelo, há uma arquitetura sólida formada somente com os desenhos da sua boca e das suas orelhas. Não há mais jeito, já temo não passar de ano, perder nessa matéria, tropeçar no dia da prova.

ele

Todo dia acorda antes de mim e, me observa ainda sonolento no momento em que abro os olhos.
E me diz - toda manhã - pode vir.
Ele toda noite vai dormir antes de mim.
Eu observo,e ele sempre me diz - pode ir.

Passo o dia inteiro esperando mais alguma coordenada.

sábado, 29 de janeiro de 2011

futuro que não chega

Será que nos resta muito depois disto, destes dias assim? Tudo seria mais fácil se eu tivesse uma cerveja sempre na mão, um cigarro noutra , certezas sobre o amor e sobretudo certezas sobre você. Ah, e usasse gravatas sempre. Percebi que eu gosto muito de usar gravatas, de todas as cores. Às vezes uso, mas é diferente usar uma gravata no pescoço e usá-la na cabeça.



Queria usar gravata na cabeça.

Espero que entenda.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

me entende

Ela o amava. Ele a amava também. E ainda, que essa coisa, o amor, fosse complicada demais para compreender e detalhar nas maneiras tortuosas como acontece, naquele momento em que acontecia dentro do sonho, era simples. Boa, fácil, assim era. Ela gostava de estar com ele, ele gostava de estar com ela. Isso era tudo.


Caio Fernando Abreu

sábado, 8 de janeiro de 2011

morno

é a vontade que você me diga coisas bonitas outra vez.

3526

Preciso inventar minha vida. Tudo que não invento é refém da minha memória. E minha memória é um segredo sem cofre.

sobra

Há restos de mim em todas as pessoas que amei. Pensou.
Mentira.
Há muito mais de mim nelas. O que ficou, é que são restos. Desde pequeno aprendera a fazer dos trastes, brinquedo, do imprestável, sorrisos.
Esqueço os endereços dos lugares onde fui feliz. É minha forma de protegê-los.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

quietude

Essas coisas todas dão cansêra, mas não vou mentir e dizer que estou cansado. Nessa minha fase de silêncio, aproveito para ir colocando umas palavras no papel. Quando escrevo, o corpo descansa, e deixa a cabeça cansar. Sempre gosto mais das palavras que dá pra gente escrever quieto, e ficar quieto depois também. Quando vou no mundo é tanta coisa, que nem me lembro. Por isso, em casa, prefiro escrever dessas coisas que não preciso lembrar. Mesmo que depois eu nem encontre serventia.




Ficar quieto é bom, mas as vezes chateia quem tá fora.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

agora eu sei...

Sozinho, sabia demais. Assim faltava espaço pra mais sentir.

entenda, meu bem

Não há delicadeza no mundo que não tenha sentido o gosto da grosseria.

sábado, 10 de julho de 2010

futuro

Ainda sobra um punhado de amanhãs pra serem vividos sem feridas.
A dor parece que vem pra aquietar a gente. É besteira dela. Dor vem é pra gente pegar impulso.

domingo, 6 de junho de 2010

domingo, 30 de maio de 2010

quem me vê sorrir

Eu carrego um certo sorriso de quem é fluente na tristeza.
A alegria me engana, minha tristeza não faz nada.
Apenas está junto comigo.




A tristeza que existe, já não é mais tão triste assim.

sexta-feira, 30 de abril de 2010

carnaval só ano que vem...





...que o coração cansou de sambar.

quinta-feira, 22 de abril de 2010

o tempo é que vai passar

"Coração aperta canto pra respirar
Toco minha viola pra poder sonhar
Eu não quero nada que faz doer"


Por que as vezes o sentimento não vira palavra, é a aflição de esperar o sonho que não vem.
Um dia o amor acaba, dói. E aí é silencio.






espera.vazio.





sábado, 17 de abril de 2010

"Eu poderia ter sido isso tudo, mas fui . Isso."

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

sem querer, bem querer

Procurei muitas palavras para historiar esse sentimento, mas não consegui.

ele vem, ele vai...

Mas nunca se perde de vista.

domingo, 21 de fevereiro de 2010

para, não para mim

A última coisa que eu posso te dizer, antes de ir embora, é que se você me permitir participar disso, essa será a melhor parte de você.


- Mas o medo cheira igual. Independente do perfume.

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

adiar não adianta mais

Saudade do futuro, existe isso?
de tudo aquilo que você planejou.
Mas foi. Ou não foi, enfim,
adiar não adianta mais.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

eu penso demais.

Está ficando muito complicado ser alguém,difícil andar com os olhos abertos.

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

2010

Não sou hipócrita de dizer que não espero nada em troca. Espero sim, nem que for o minímo. Nem que for um sorriso. Nem que for uma palavra de agradecimento. Não sou covarde pra conseguir ser bonzinho e não esperar nada em troca. Não sou morno o suficiente pra não me importar quando as pessoas agem com descaso comigo. Eu fico puto, sim. Fico nervoso, sim. Fico me sentido o cu do mundo, sim.
Eu já deveria ter aprendido. Mas não. A gente quebra a cara, apanha da vida, se ferra e não aprende.
Então nesse ano que chega, tudo vai ser diferente. Quero pessoas que se preocupem comigo, que façam coisas que até então eu fazia. É pedir demais?
E eu não estou sendo sentimental, muito pelo contrário meu lado materialista acabou de despertar.

sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

pra que fazer se tanto faz?

Que o que te traz pra frente
É sempre ter um pé atrás
O que você faz não me diz respeito mais
Mas desrespeitou.

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

morrer ou matar, matar por não morrer

Ninguém é capaz de viver sem matar, fato. Escolhas são assassinatos no cotidiano. Displicentemente, carregamos nosso próprio cemitério. Como é possível suportar dizer adeus para alguém que você até pouco tempo nem conseguia imaginar viver sem? Não sei. Mas sei que não dá para ficar nesse eterno movimento de atualização de velórios. Se não há como aprender a morrer, que surja mais sabedoria para matar. Porque a vida pede passagem. Que seja eterno e terno, enquanto dure

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

acho que sempre precisei me mexer para pensar

A cada dez vezes que estiver com medo, com vontade de ficar dentro do seu apartamento, sem sair da cama, sem conseguir dormir incomodado com algo que você não se sente capaz de fazer...a cada dez, tome uma decisão, mude algo, saia do apartamento, fale o que você sente. É uma boa média.

domingo, 29 de novembro de 2009

"Frágil – você tem tanta vontade de chorar, tanta vontade de ir embora. Para que o protejam, para que sintam falta. Tanta vontade de viajar para bem longe, romper todos os laços, sem deixar endereço. Um dia mandará um cartão-postal de algum lugar improvável. Bali, Madagascar, Sumatra. Escreverá: penso em você. Deve ser bonito, mesmo melancólico, alguém que se foi pensar em você num lugar improvável como esse. Você se comove com o que não acontece, você sente frio e medo. Parado atrás da vidraça, olhando a chuva que, aos poucos começa a passar."

Caio Fernando Abreu


ah caio caio.

domingo, 22 de novembro de 2009

a sua palavra tem que ter verdade e sentimento em todo lugar. seja na sua boca ou na tela de um computador

Faz algum tempo que não consigo escrever as coisas que sinto. Já culpei o stress do trabalho, a falta de tempo, algum desconforto aqui e ali e até o calor, vê. A verdade é que eu não sei. Antes, não saber era motivo suficiente para expressar, escrever, rabiscar. Agora não.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

vanguardista outra vez

Estou num tempo em que preciso abandonar as roupas usadas que já conhecem meu corpo,num tempo onde preciso encontrar novos caminhos, só preciso saber como me desfazer dessas velharias que eu tanto gosto, se nem desbotadas estão. De vez em quando rasgam,quebram, mas ai é só consertar e tudo fica bem.
Adimito que sempre tive esse mal, tenho um certo apreço por coisas gastas. Confio tanto nelas, que tanto me serviram, que tanto levei fé.
Criei grandes sonhos sobre essas coisas. Ai fui descobri que essas coisas eram pequenas e velhas demais para sustentar tão grandes sonhos.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

deveria ter voz

E já não tenho bem a certeza, se estou me precipitando ou antecipando, se tudo isto está acontecendo por ter de acontecer, ou se simplesmente acontece.
E não consigo evitar, nem voltar o tempo atrás, não é que realmente eu quisesse voltar, mas parece que de qualquer forma, as coisas não teriam se desenrolado assim. Mas eu nunca iria saber, o que sei agora. Sinto-me errado. Eu sei. Mas é que neste momento eu já não sei bem se posso acreditar.
Às vezes penso que você não merecia todas as palavras que lhe ofereci, certamente, na hora, pensava o contrário. Mas, depois de algum tempo, algum longo tempo, você fica sozinho e vê que palavras são uma das poucas coisas que lhe restam. Talvez você não tenha esquecido, porque a gente sempre faz questão de guardar lembranças duras; e mesmo que você ache que esqueceu, minhas palavras estão em algum lugar aí na sua memória, ou inconsciente.Enfim, tem um pouco meu em você. Tem um pouco da minhas palavras em você. E isso dói. Em mim e na sua memória.
Mas tem coisas que não mudam. É quase certo que as coisas ficariam por elas mesmas, mas o pior é saber que a pessoa que você queria que te conhecesse não te conhece nem uma virgula.


e eu sinto saudade de ter vontade de escrever aqui.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

como boa criança que sou

Nunca consegui contar quanto tempo durava aquele castigo. Era o tempo necessário para se perder a conta. Percebi então que se não aproveitasse o tempo do castigo para fazer outras coisas além de pensar, não conseguiria dar conta de tudo que era preciso fazer na infância.

domingo, 18 de outubro de 2009

o narrador falou

Às vezes só tem o começo da história, noutras, só o final, noutras ainda, apenas uma cenazinha que acontece lá pelo meio da narrativa. Mas eu sei tudo desde que começou. Apenas me calo. Ok, de vez em quando dou alguma dica, mostro algum caminho, mas tudo da maneira mais sutil possível.
Todos os personagens são boçais. Tratam a nós, narradores, como se fôssemos parte do cenário. Eu sinto falta de alguém.
Como seria linda uma história contada a dois!
Quero ir embora! E não vou pra Pasárgada, a Terra do Nunca; nem pra Hogwarts, Utopia ou o Sítio do Pica-pau Amarelo. Definitivamente não! Estes lugares, além de terem sido criados por escritores, ainda contêm centenas de personagens. Quero um lugar normal, com gente normal, como eu.

sábado, 17 de outubro de 2009

covarde

Não sabemos perder. Não sabemos nos perder.
Insistimos numa ilusória eternidade por pura covardia de compreender-nos melhor, o tempo, a vida, o outro.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

a única coisa colorida em casa é o mar na televisão

Percebi que não tinha mais jeito. A minha memória tinha se tornado a minha imaginação. Me conformei quando as lembranças da infância começaram a inventar alguns dos meus dias já velho. Apesar de ainda ser díficil aceitar que talvez algumas das recordações dos tempos de novo tenham sido livros escritos na areia.



Ventou.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

copacabana

Então tentou falar qualquer besteira com o homem que esbravejava pouco jeito em seu carioquês doce e impaciente. Enquanto o distraía, ganhava tempo para finalmente o analizar reservadamente, enquanto ele lavava copos. E minha destreza só foi em guardar na memória as primeiras palavras que trocaram aqueles dois em pleno balcão da cozinha da amiga.
A memória é nossa maior fantasia e toda história que precise recorrer a ela, será fantasiosa, mágica, mas não necessariamente falsa. A memória pode contar verdades especiais.



Verdades que ninguém entenderia.



sábado, 3 de outubro de 2009

longe

Eu confesso que tenho me sentido cansado com a interminável busca de algum sinal de que não sou uma peça avulsa.
Agora, depois desse tempo, censei das idas e vindas, dos sumiços e dos aparecimentos, das quase demonstrações de afeto que não se concretizam em uma postura firme. Entendam, não é preciso estar ao lado para que a pessoa sinta que você está.

domingo, 27 de setembro de 2009

ponto de vista

é uma loucura muito grande essa possibilidade de olhar sem precisar pensar. Era sempre um esforço sair dos meus olhos para perceber coisas que o coração, por si só, dizia.
Só então percebi que o coração pode dizer coisas que os olhos nunca verão e o cérebro jamás entenderá.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

coisas da vida

"Ela não tem culpa
Nem falsidade
Ela não tem jogo
Nem saudade


Se eles não têm pose

Nem maldade
Eles não têm culpa
Nessa cidade
Eles não sabem amar"

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

a pouco daqui

Sou assim. As vezes enjoa, as vezes sobra, as vezes falta, as vezes.
Acho que tenho os dias contados, mas acabei perdendo a conta dos dias que tenho pra viver. Vivo os dias que não contei, vivo. Sobrevivo.
Desde então acho que vou morrer daqui a pouco...





acabo vivendo daqui a pouco.

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

tal vez, talvez

Explica-me coração!
Como podes tu, ser tão audacioso paladino dessas coisas sem sentido?
Sou uma confusão de sentidos. Sentidos, emoções e espaços...
Sou ladrão. Ladrão de espaços, eu confesso, eu roubo mesmo, eu invado, preencho.
Mas sou fraco,os meus andam vazios.


Talvez passou a vez.

terça-feira, 25 de agosto de 2009

triste beleza

Há algum tempo não escrevo
nem leio com sons as palavras que não tenho escrito
mas tenho dito tanto cá dentro,
quando entro em mim e te canto
com sons que não te escrevo.

Tenho saboreado cada sílaba do silêncio
acaba o som e fica nada,
e nada são as palavras que escrevo, sons que acabam,
histórias que ficam em silêncio,
quando o silêncio nunca acaba.

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

e isso não tem sentido nenhum

A solidão é, com certeza, uma desgraça na gente. Mas é uma desgraça honesta. Nesses tempos, impossível não reconhecer o valor dessa virtude.
Nas noites sem sentido, não existe muita honestidade. É preciso muita sinceridade para ser desonesto consigo mesmo.
O problema mesmo, é que eu não costumo dizer ''adeus'', sempre prefiro o ''até logo''.




Nunca mais é um ''até logo'' mais que desistiu de esperar.

terça-feira, 4 de agosto de 2009

não sei permanecer

Me estendeu a mão.
Não era cumprimento, tampouco um pedido de apoio.
A mão aberta. Me estendia dizendo:
- Te entrego meu vazio.


Entre todos os quereres, não quero mais.
Estou cheio de mim, cheio de nada. Obrigado.

sábado, 25 de julho de 2009

(des)ordem

Eu sei, mas é que de vez em quando eu gosto de retornar ao lugar da dor apenas para saber se está tudo no lugar.


Odeio ver minha desgraça bagunçada.

quinta-feira, 23 de julho de 2009

sina

Quando a vida me tirou para dançar, nem ousei dizer que só sabia forró, um passo pra cá outro pra lá. Até que a vida pisou no meu pé, sorri: me senti mais solto, então.




Ambos não sabiam dançar direito.

domingo, 12 de julho de 2009

um samba que aquece, derretendo sorrisos

"Meu coração tem botequins imundos
Antros de ronda, vinte-e-um, purrinha,
Onde trêmulas mãos de vagabundo
Batucam samba-enredo na caixinha"


O botequim, adorávelmente sujo, em questão, ainda não sabe ao certo se quer samba outra vez.
Mas é consiente que não sabe resistir a um samba, um mimo, um amor bem cantado, principalmente se maestrado com toda a malemolencia de quem não precisa de nada mais que as palavras e um pouco de desenvoltura pra armar um samba.
Samba gostoso de ouvir.
Foi assim, fazendo o ritmo, batendo as mãos na mesa, que ele cantou os sambas mais lindos, diversos e desconhecidos nesse tão boêmio e imaturo botequim.
Depois abaixava a cabeça com vergonha.

Encantou.




sexta-feira, 10 de julho de 2009

céu de saudade

Eu já não fui sozinho, gosto de lembrar, mas não vou mentir dizendo que tenho saudade. Também, preciso ter mais sabedoria, porque logo depois que aprendi saudade, queria usar ela em tudo. Vivia dizendo “ai que saudade de saber das coisas”, e pensavam que eu tinha abestado as idéias. Quando aprendo uma coisa bonita nova, eu guardo para ir me abonitando dela devagar, depois de um tempo que começo a calçá-la.

domingo, 5 de julho de 2009

esperava um pouco mais, confesso

Nunca pertenci completamente a ninguém.
Ainda custo a aceitar que você passou a ser apenas ''alguém''.

De onde vem essa ânsia por preencher o vazio daqui, eu não sei.
O que me incomoda mesmo é que estar vazio me trás a sensação de estar cheio de tudo.

Cheio de nada.