domingo, 29 de novembro de 2009

"Frágil – você tem tanta vontade de chorar, tanta vontade de ir embora. Para que o protejam, para que sintam falta. Tanta vontade de viajar para bem longe, romper todos os laços, sem deixar endereço. Um dia mandará um cartão-postal de algum lugar improvável. Bali, Madagascar, Sumatra. Escreverá: penso em você. Deve ser bonito, mesmo melancólico, alguém que se foi pensar em você num lugar improvável como esse. Você se comove com o que não acontece, você sente frio e medo. Parado atrás da vidraça, olhando a chuva que, aos poucos começa a passar."

Caio Fernando Abreu


ah caio caio.

domingo, 22 de novembro de 2009

a sua palavra tem que ter verdade e sentimento em todo lugar. seja na sua boca ou na tela de um computador

Faz algum tempo que não consigo escrever as coisas que sinto. Já culpei o stress do trabalho, a falta de tempo, algum desconforto aqui e ali e até o calor, vê. A verdade é que eu não sei. Antes, não saber era motivo suficiente para expressar, escrever, rabiscar. Agora não.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

vanguardista outra vez

Estou num tempo em que preciso abandonar as roupas usadas que já conhecem meu corpo,num tempo onde preciso encontrar novos caminhos, só preciso saber como me desfazer dessas velharias que eu tanto gosto, se nem desbotadas estão. De vez em quando rasgam,quebram, mas ai é só consertar e tudo fica bem.
Adimito que sempre tive esse mal, tenho um certo apreço por coisas gastas. Confio tanto nelas, que tanto me serviram, que tanto levei fé.
Criei grandes sonhos sobre essas coisas. Ai fui descobri que essas coisas eram pequenas e velhas demais para sustentar tão grandes sonhos.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

deveria ter voz

E já não tenho bem a certeza, se estou me precipitando ou antecipando, se tudo isto está acontecendo por ter de acontecer, ou se simplesmente acontece.
E não consigo evitar, nem voltar o tempo atrás, não é que realmente eu quisesse voltar, mas parece que de qualquer forma, as coisas não teriam se desenrolado assim. Mas eu nunca iria saber, o que sei agora. Sinto-me errado. Eu sei. Mas é que neste momento eu já não sei bem se posso acreditar.
Às vezes penso que você não merecia todas as palavras que lhe ofereci, certamente, na hora, pensava o contrário. Mas, depois de algum tempo, algum longo tempo, você fica sozinho e vê que palavras são uma das poucas coisas que lhe restam. Talvez você não tenha esquecido, porque a gente sempre faz questão de guardar lembranças duras; e mesmo que você ache que esqueceu, minhas palavras estão em algum lugar aí na sua memória, ou inconsciente.Enfim, tem um pouco meu em você. Tem um pouco da minhas palavras em você. E isso dói. Em mim e na sua memória.
Mas tem coisas que não mudam. É quase certo que as coisas ficariam por elas mesmas, mas o pior é saber que a pessoa que você queria que te conhecesse não te conhece nem uma virgula.


e eu sinto saudade de ter vontade de escrever aqui.