Molduras para lembranças que me escapam, isso foi o que me restou.
Era noite, seus olhos estavam calados desta vez, eu os fixava tentando entender, mas eles nada diziam, queria ouvir seus gestos grandes, queria escutar seu sorriso. Nada.
Já não via mais o menino, somente a rua, a noite e os perigos que guardo comigo.
E agora estou num tempo em que é possível aceitar sem tanto esforço, acreditar sem tantas provas, sorrir sem que se sintam os músculos do rosto cansados pela falta de prática e pelo silêncio de palavras vazias.
Agora, não venha me privar de ouvir seus olhos.
domingo, 9 de novembro de 2008
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6 comentários:
Ai que bonito Lippe.
Para de onda.
Continua escrevendo muito bem!
"Agora, Agora, não venha me privar de ouvir seus olhos"
Sacada perfeita!!!
Gostei do blog.
Abraço.
**Vixi... coloquei dois "agora's"...
Ignore um, por obséquio.
Grata.
*-*
"silêncio de palavras vazias". Lindo.
Quando os olhos deixam de falar, é sinal de que algo não vai bem. É como se o corpo estivesse oco por dentro, vazio, sem sentimentos.
"Era noite, seus olhos estavam calados desta vez, eu os fixava tentando entender..."
Nem tenho palavras! Incrível como você 'brinca' com as palavras e torna suave, o que de fato, não é!
:*
Continua escrevendo muito bem! (dois votos)
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