Me estendeu a mão.
Não era cumprimento, tampouco um pedido de apoio.
A mão aberta. Me estendia dizendo:
- Te entrego meu vazio.
Entre todos os quereres, não quero mais.
Estou cheio de mim, cheio de nada. Obrigado.
terça-feira, 4 de agosto de 2009
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11 comentários:
O nada sempre me foi a pior das escolhas...
Gostei também daqui.
Cheio de nada é uma jogo de contrastes, que reflete a atual agonia humana.
Assumir o vazio já é encher-se de algo. Em todo o caso, o nada é relativo; e, muitas vezes, o nada é tudo e o tudo é nada.
Ocasionalmente, essa idéia foi por mim discutida em Domingos Martins nesse final de semana, na boemia, com um estudante do quinto período de Filosofia. Regados de cerveja, conversávamos sobre o nada enchendo-nos com a insanidade artificial dos fermentados e destilados.
Abraços
Felipe Guasti
Vai deixar de ser experiência orgânica para ser experiência nostálgica?
Se for isso, eu protesto.
O vazio preenche, ele é o nada, e por isso está em tudo.
Escreve pra esvaziar não o que te sobra, mas tudo o que tens...
Abraços de luz,
Bea.
Que forma apaixonante de escrever é esta?! Adorei.
Abraços.
tipo isso!
mas você não deveria agradecer.
de nada.
Conviver com o nada é triste e tedioso.
Eu bem sei! As pessoas tendem a querer compartilhar o nada delas com as outras para tentar se livrar do peso do nada. Isso não é certo, todos deveriam conseguir aguentar o peso de seus vazios. Se tá pesado demais, preencha.
Saudades.
A literatura...
Nada é como parece (gosto da conotação)! Mas o fato é que aqui, na tal Experiência Orgânica, nada precisa parecer. As coisas são e pronto.
Por coisas, entenda-se os textos;
por são, entenda-se que são perfeitos!
me convido a voltar sempre.
Muito bom, menino!
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